Aldir Mendes de Souza foi um artista autodidata e médico especializado em cirurgia plástica, nascido e falecido em São Paulo (1941–2007). Iniciou sua carreira artística nos anos 1960, destacando-se como pintor, desenhista, escultor e gravador. Sua obra é marcada por temas como o cafeeiro, o campo e a expansão urbana. Participou de cinco Bienais de São Paulo e teve exposições importantes no Masp e na Pinacoteca. Também atuou como cineasta e publicou livros sobre sua trajetória artística, sendo reconhecido nacional e internacionalmente.

 
 

Ana Durães é uma artista plástica nascida em Diamantina/MG, em 1962, e radicada no Rio de Janeiro. Formada pela Escola de Belas Artes do Rio, participou de centenas de exposições coletivas e realizou individuais em instituições renomadas no Brasil e no exterior, como MASP, MAM Salvador, Kunstlerhaus (Áustria), e em cidades como Paris, Lisboa e Nova York. Destacam-se as exposições “Mundo das Coisas” (2012), “Novos Pretos Novos” (2013) e “Natureza Alterada” (2020). Em 2022, integrou a mostra “Paisagem Brasileira Contemporânea” em Madri. Suas obras integram importantes coleções nacionais e internacionais.

Bruno Neves é um artista que trabalha principalmente com pintura e desenho, explorando a geometria e o espaço para criar relações ambíguas entre linhas e campos de cor. Ele utiliza materiais diversos como tinta a óleo, cera de abelha e até poeira do ateliê, buscando efeitos de luz e textura. Seus trabalhos misturam improviso, observação da matéria e experimentações com apagamentos e incisões, criando uma sensação de dissolução espacial. Já expôs em locais importantes como o Instituto Tomie Ohtake e o Centro MariAntônia, e tem obras em coleções públicas no Brasil e na França.

 
 

Artista plástica e ceramista nascida em Santo André, é formada em Letras pela USP (2016) e em Artes Plásticas pela Escola Panamericana (2020). Iniciou sua carreira na fotografia documental e no cinema com Os Satyros, e aprofundou sua formação em grupos de estudo como o de Paulo Pasta (Instituto Tomie Ohtake) e Anna Costa e Silva (Parque Lage). Em 2022, integrou programas artísticos em Nova York, Buenos Aires e Santiago. Participa ativamente de coletivos de pesquisa como o FIGAS (UNESP) e o grupo da poeta Ana Estaregui. Expôs em espaços como o Instituto de Artes da UNESP, Casa Syla, Galeria Contempo, Bunkyo, Museu Couros de Formosa, CADA (Buenos Aires) e Espaço Cultural Correios (RJ). Em 2023, publicou monotipias para o livro O mal das flores e integrou a capa da Revista Pagu (UNICAMP). Vive e trabalha em São Caetano do Sul/SP.

Julio Primeiro, nascido no Ceará em 1983, vive e trabalha no Rio de Janeiro. Sua infância no subúrbio, marcada pelo contato com a natureza e o aprendizado técnico com o pai, influencia fortemente sua produção. Formado em Design de Produto e com passagem pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage, seu trabalho artístico explora a relação entre coletividade, ciclos vitais, ciência e a interseção entre o biológico e o industrial, utilizando materiais como madeira, tecido, sementes e resina. Participou de diversas mostras coletivas, como CasaCor, CasaDesign e exposições no Parque Lage, além de atuar em projetos de cenografia e ter sido publicado na revista Artbluum em 2024.

Laura Teixeira é artista visual, mestre em Design e formada em Arquitetura e Urbanismo pela USP. Sua produção abrange desenhos, pinturas e relevos, explorando a relação entre a experimentação gráfica e o espaço tridimensional. Utilizando materiais como esmaltes de unha, pérolas falsas e apliques de cabelo, sua prática se baseia na acumulação de fragmentos e experiências do cotidiano, muitas vezes desenvolvida na intimidade do ateliê. Em 2024, realizou as individuais “Ornamento é crime” e “Objeto Cor-de-Rosa”, além de participar de coletivas como “Olhe bem as montanhas” e “Beijo vampiro”, e teve obra comissionada para a exposição “As joias da rainha” na São Paulo Fashion Week.

Lilian é uma das principais pintoras paraguaias em atividade, com exposições individuais no Brasil e no exterior, além de obras em coleções públicas importantes. Sua pintura é figurativa e aborda temas como memória, ausência e feminilidade, explorando interiores e naturezas-mortas ligadas às suas memórias de infância no Paraguai. Suas obras possuem uma atmosfera nostálgica, com espaços de profundidade rasa, que equilibram realidade e ficção, revelando uma presença psicológica e fantasmagórica que conecta o passado ao presente.

Luiz Dolino, nascido em Macaé/RJ em 1945, é um pintor que iniciou sua formação na Escolinha de Arte do Brasil e no MAM-RJ, onde foi aluno de Ivan Serpa. Incorporou a geometria à sua obra e viveu em diversos países da América Latina e na África antes de se estabelecer no Rio de Janeiro. Destacam-se em sua trajetória o painel Loco por ti no Palácio dos Bandeirantes, a criação gráfica para o livro A Lição do Amigo, além de livros publicados sobre sua obra e memórias. Realizou exposições individuais no MAM-RJ e no Museo de la Revolución em Havana. Em 2022, participou da mostra coletiva Paisagem Brasileira Contemporânea em Madri.

J. Pavel Herrera, nascido em Havana em 1979, é um artista cubano licenciado em Educação das Artes Plásticas e mestre em Artes Visuais pela UNICAMP. Sua obra em pintura investiga o fenômeno da insularidade e os processos internos de quem habita uma ilha, abordando temas como migração, comunicação, desejos e relações ideológicas entre povo e sistema. Realizou exposições individuais no Brasil e em Cuba, como “Poemas Mal Escritos” (2019) e “Maldita Circunstância” (2014), além de participar de coletivas como a 11ª Bienal do Mercosul (2018) e a mostra Paisagem Brasileira Contemporânea (2022), em Madri.

Marina Ryfer, nascida no Rio de Janeiro em 1983, é arquiteta e artista visual que investiga a luz como elemento escultórico. Em suas obras, utiliza materiais como cordas, lâmpadas, espelhos e cimento para criar instalações que dialogam com o espaço e provocam sensações visuais sutis nos espectadores. Formada em Administração pela PUC-Rio, Arquitetura pela Universidade Santa Úrsula e mestre em Engenharia Civil pela UFF, também atuou como professora e fundou o escritório Maru Arquitetura. Estudou na EAV Parque Lage e participou de exposições como Mov Festival (2023), Mátria (Parque das Ruínas, 2022) e Reflections (The Holy Art, 2021).

Natan Dias é um artista multidisciplinar que investiga a confluência entre materiais, tecnologias e a memória no espaço-tempo. Sua prática se manifesta em esculturas, serigrafias, arte digital e escrita, com destaque para módulos em ferro que operam por sistemas de encaixe e desencaixe, permitindo reconfigurações futuras com novos materiais. Formado em Artes Plásticas pela UFES e em Arte Dramática pela FAFI, participou de exposições como DOS BRASIS, Encruzilhada das Artes Afro-Brasileiras e do 33º Programa de Exposições do CCSP. Tem obras monumentais em espaços públicos e museus, como o MAR-SP e o Quintal Bantu. Em 2024, foi indicado ao Prêmio PIPA.

Formado em Artes Plásticas pela Faculdade Santa Marcelina (1995), Renato Dib constrói sua obra a partir de um repertório que atravessa a pintura, a colagem e as técnicas manuais associadas ao têxtil. Seu trabalho evoca, de modo literal e metafórico, a noção biológica de tecido: suas obras remetem a entranhas, órgãos e sistemas orgânicos, revelando uma anatomia sensível. Ao longo de sua trajetória, Dib apresentou seu trabalho em espaços como a Galeria Mola (Portugal), Phosphorus (São Paulo), o Museu A Casa (SP) e a Rijswijk Textile Biennial (Holanda), entre outros.

Guerini é um artista autodidata que iniciou sua trajetória nos anos 1980, registrando cenas com uma câmera fotográfica e, em seguida, realizando intervenções com aquarela e nanquim em imagens em preto e branco. A convivência com Luiz Sacilotto influenciou profundamente sua prática, marcada pelo rigor artesanal na produção das obras. Estudou pintura, gravura e aquarela com artistas como Sergio Fingermann, Selma Dafrrè e Ubirajara Ribeiro. Seu trabalho explora a combinação entre fotografia, impressões digitais e pintura, com destaque para séries inspiradas na arquitetura barroca de Tiradentes. Recebeu o primeiro prêmio na Bienal de Aquarelas de Abrantes, em Portugal. Expôs em instituições como a Pinacoteca de São Paulo, CCBB e Galeria Municipal de Abrantes.

Thiago Nevs, nascido em 1985, vive e trabalha em São Paulo. Sua produção artística investiga a memória, o cotidiano e a cultura popular, com foco em visualidades tradicionais como as pinturas de carrocerias de caminhão, exploradas em instalações, objetos e pinturas. Também pesquisa a estética nas relações entre trabalhadores e suas ferramentas. Realizou individuais como SOBRE-CARGA (2022), Panorama (2021) e Invólucro (2017). Premiado no 21º Território da Arte de Araraquara (2024), participou de exposições no MARP, Museum of Graffiti (Miami), Galeria Underdogs (Lisboa) e na 15ª Bienal Naïfs do Brasil (SESC Piracicaba), onde recebeu Menção Especial. Sua obra também ocupa o espaço urbano com murais na América Latina e Europa.

Uéslei Fagundes, nascido em 1987 em Novo Hamburgo (RS), é artista visual e mestrando em Poéticas Visuais pela UFRGS. Sua pesquisa em pintura explora o cotidiano e a memória contida nos materiais, utilizando suportes como madeiras coletadas, cujas marcas do tempo — grampos, fissuras e ferrugem — permanecem como vestígios visuais. Suas composições combinam cenas simples com inscrições prosaicas e conjecturais, evocando um imaginário suspenso entre promessa e permanência. Participou de importantes salões no Brasil e no exterior, como o Salão Anapolino (GO), Salão de Piracicaba (SP) e Blue Shop Gallery (Londres). Entre suas individuais, destacam-se Alegoria do Anfêmero (MAM Montenegro, 2024) e Ritual de Isolamento e Empatia (Casa das Artes, 2023).